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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A quem pouco é perdoado, pouco ama


Um dos fariseus pediu a Jesus que fosse almoçar a sua casa e ele aceitou o convite. 
Quando se sentaram para comer, uma mulher de má vida soube que Jesus se encontrava ali, pelo que trouxe um vaso de alabastro de muito valor cheio de um perfume caro, ajoelhou-se atrás dele, aos seus pés, e tanto chorou que os pés de Jesus ficaram molhados de lágrimas; porém, enxugava-os com os cabelos e, beijando-os, deitava perfume sobre eles. 
Quando o dono da casa, que convidara Jesus, viu o que se passava, e o género de mulher de que se tratava, disse consigo próprio: Aqui está a prova de que Jesus não é um homem de Deus; porque se Deus o tivesse realmente enviado, logo conheceria que espécie de mulher é esta.  
Então Jesus respondeu aos pensamentos daquele homem e observou-lhe: Simão, queria dizer-te uma coisa.
Diz, Mestre. 
E Jesus contou-lhe o seguinte: 
Certo homem emprestou dinheiro a duas pessoas, quinhentas moedas a uma e cinquenta a outra. Como, porém, nenhuma delas lhe pudesse pagar, ele, que era generoso, perdoou a ambas, cancelando as suas dívidas. Qual destas pessoas achas tu que lhe ficou mais agradecida, depois disto?  
Acho que terá sido quem mais lhe devia! 
Tens razão, concordou Jesus. 

E, indicando a mulher, disse a Simão: 
- Olha para esta mulher aqui de joelhos! Quando entrei na tua casa, não te preocupaste em trazer-me água para que lavasse a poeira dos pés, mas ela lavou-os com lágrimas e enxugou-os com os cabelos! Não me deste o beijo de saudação, mas desde que aqui entrei ela não deixou de me beijar os pés. Não tiveste a delicadeza de trazer azeite para me ungir a cabeça, mas ela cobriu-me os pés com perfume raro. Os pecados dela, que são muitos, foram-lhe perdoados; daí toda a sua gratidão e amor para comigo. Mas aquele a quem pouco é perdoado pouco amor mostra. 
E disse à mulher: Os teus pecados estão perdoados.
Lucas 7: 36-48


Ler a Palavra de Deus é tudo, menos monótono, pois ela é viva!
Passagens que lemos em determinada altura, podem não nos falar naquele momento, mas num outro tempo, ela salta de tal modo da página, que é como um sopro forte de vento no nosso rosto.
Foi assim um dia com esta passagem, já há alguns anos atrás.
Já tinha lido esta passagem várias vezes. Mas certo dia, ela saltou diante de mim, de tal modo, que quando a terminei de ler, só chorava e chorava e chorava!
Ainda choro quando a leio ...
Naquele dia foi quando percebi a dimensão do meu pecado e do que Jesus pagou por mim. Era um preço que eu não conseguia pagar!
Naquele dia caí aos pés de Jesus e transbordei de alegria e gratidão!
O choro era uma mistura de dor e êxtase!
Um choro de libertação.
Não tinha óleo, mas derramei toda a minha gratidão aos pés de Jesus!

Somos como aquele homem, Simão.
Achamos que levamos uma vida íntegra. 
Até somos boas pessoas, de boa moral. 
Ajudamos os outros, somos incapazes de matar, de cometer adultério, de enganar, etc.
Jesus? Sim, é um homem que marcou, sem dúvida alguma, a História do planeta. 
E até simpatizamos com os Seus ensinos, até O admiramos.
Alguns até poderão ir um pouco mais adiante e até crer Nele. 
Fazem bem ... os demónios também crêem que Jesus é quem diz ser! 
E ficamos por aí.
Sem entrega, sem compromisso, sem vida.
Sem cruz!

No entanto, que fazemos hoje com Jesus? De que maneira O recebemos?
Como O seguimos?
Como Simão? Ou como a mulher pecadora?

É por isso que eu gosto desta passagem em Lucas.
Jesus, que conhece cada pensamento nosso, contou a história a Simão, pois sabia o que ele estava a pensar.
E Simão enterrou-se com a sua própria resposta.
Quanto maior a dívida, maior o amor por quem nos pagou ou perdoou a dívida - é a lição que Jesus dá!

Devemos pouco? Não somos assim tão pecadores! Até sou justo!
Então, pouco amas Aquele que pagou um alto preço pelo teu pecado!
Só quanto tomares consciência de que tens uma dívida de tal modo grande, que te é impossível pagar, é que perceberás a tua própria condição perante Deus.
E então sim, amarás muito!
Tanto,  que adorarás em extravagância! Em choro! Em riso! Em intensidade!


"Os pecados dela, que são muitos, foram-lhe perdoados; 
daí toda a sua gratidão e amor para comigo. 
Mas aquele a quem pouco é perdoado,  pouco amor mostra." 

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