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quinta-feira, 26 de julho de 2012

A minha avó

 
Tive o privilégio de conhecer todos os meus avós.
E só há um ano e meio que partiu a última avó.
Que foi também aquela que mais me marcou.
As boas recordações que tenho na minha infância, são na maioria, com ela.
Ela foi aquela avó que deixava os netos comerem aquelas coisas que os pais proibiam, como uma chávena de café (era aveia, mas nós ficávamos ultra-felizes).

Contava-nos as histórias mais incríveis e malucas, com uns títulos imaginados por ela, como por exemplo "No dia em que choveu merda" (alentejanices).

Quando ela fazia bolos, deixava-nos provar a massa e amassar também apesar de deixarmos depois tudo bem sujo.

Ela era divertida, e acima de tudo, muito à frente.
Podíamos falar com ela de qualquer tipo de assunto, que ela nunca se chocava ou julgava.

De uma compreensão e paciência para com os netos que só os avós conseguem ter (os que têm, claro).
Tenho tão boas recordações com ela, que é impossível não sorrir quando penso nela.
Um dia, eu gostaria de ser uma avó assim para os meus netos!


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Até já, Avó!

1916-2010
A minha avó paterna deixou hoje este mundo.
Não considero uma perda.
O tempo que ela esteve aqui, junto de todos os que ela amou e que a amaram, foi um ganho.
Várias vezes tenho feito referência a ela aqui no blogue, pois ela foi uma das pessoas que mais marcou a minha infância e a minha vida.
 Assim, partilho novamente um texto que aqui postei, quando ela completou 92 anos.
Um beijinho, Avó!
Voltaremos a nos encontrar.
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5 filhos
11 netos
16 bisnetos
Muitas rugas no seu rosto!
Rugas de uma vida cheia de muita dor, mas também de muito amor.
Amor esse que é a sua herança para cada um de nós.
E continuo a homenagear a minha avó com as mesmas palavras.
Muito do que sou hoje como pessoa, devo-o a ela.
Tenho marcas boas do que vivi e aprendi com a minha avó.
E ela agora recorda de forma nítida as coisas que estão mais para trás do que as recentes.
Todas as memórias do passado saltam como se ontem tivessem sucedido.
É interessante isto acontecer na grande maioria das pessoas idosas.
Talvez, quem sabe, antes de partirem, deixarem esse legado, para que também recordemos histórias que depois partirão com as pessoas.
Para que a história não se apague. Para que todos os risos, lágrimas, amor, palavras ... não se percam!
Que Deus me ajude a lembrar de todo o amor que recebi pelo caminho e a ser lembrada pelo amor que dei. A nossa caminhada por aqui é curta, mas que eu possa aprender a diminuir a velocidade, para não deixar passar nada despercebido.
E peço a Deus que conceda à minha avó a graça de ela se recordar até ao fim, de quem ela é e de tudo quanto de bom ela deixou em nós.
Texto escrito em 28 de Abril de 2008
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