1916-2010
A minha avó paterna deixou hoje este mundo.
Não considero uma perda.
O tempo que ela esteve aqui, junto de todos os que ela amou e que a amaram, foi um ganho.
Várias vezes tenho feito referência a ela aqui no blogue, pois ela foi uma das pessoas que mais marcou a minha infância e a minha vida.
Assim, partilho novamente um texto que aqui postei, quando ela completou 92 anos.
Um beijinho, Avó!
Voltaremos a nos encontrar.
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5 filhos
11 netos
16 bisnetos
Muitas rugas no seu rosto!
Rugas de uma vida cheia de muita dor, mas também de muito amor.
Amor esse que é a sua herança para cada um de nós.
E continuo a homenagear a minha avó com as mesmas palavras.
Muito do que sou hoje como pessoa, devo-o a ela.
Tenho marcas boas do que vivi e aprendi com a minha avó.
E ela agora recorda de forma nítida as coisas que estão mais para trás do que as recentes.
Todas as memórias do passado saltam como se ontem tivessem sucedido.
É interessante isto acontecer na grande maioria das pessoas idosas.
Talvez, quem sabe, antes de partirem, deixarem esse legado, para que também recordemos histórias que depois partirão com as pessoas.
Para que a história não se apague. Para que todos os risos, lágrimas, amor, palavras ... não se percam!
Que Deus me ajude a lembrar de todo o amor que recebi pelo caminho e a ser lembrada pelo amor que dei. A nossa caminhada por aqui é curta, mas que eu possa aprender a diminuir a velocidade, para não deixar passar nada despercebido.
E peço a Deus que conceda à minha avó a graça de ela se recordar até ao fim, de quem ela é e de tudo quanto de bom ela deixou em nós.
Texto escrito em 28 de Abril de 2008
1 comentário:
Amem, querida Vilma!
É maravilhoso podermos entender a morte desta maneira. Saímos da morte para a vida!
Boas Festas! Deus abencoe a ti e a família!
beijos
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