Lembra-te de mim!

Orar é o respirar da alma.

É impossível à alma manter-se saudável, sem se alimentar da Presença do Criador por meio da oração.

Na minha caminhada com Deus, já passei por várias fases da oração.

Já orei como quem está faminta e desejosa de se chegar à mesa e saborear os deliciosos manjares sobre ela.

Fiz longas jornadas de oração, falando e escutando.

Momentos íntimos e preciosos, daqueles que não dá para partilhar, porque não existem palavras para o descrever.

Já passei por fases de secura. A alma está sedenta e no entanto, não buscava a fonte onde poderia saciar a sede. Tempos de deserto, de secura. Até ir ao encontro do meu Oásis.

Hoje em dia, tanto posso passar por uma secura, como por uma abundância.

Mas cada vez aprecio mais os momentos de oração contemplativa, em silêncio, sem usar de muito palavreado. Aliás, cada vez uso menos as palavras!

Gosto de uma oração simples e profunda, como a do ladrão da cruz.

Esse ladrão, ao perceber quem era a Pessoa que tinha ao seu lado, disse-lhe, em jeito de oração:

- Jesus, lembra-te de mim!

A resposta que obteve foi tremenda:

- Ainda hoje estarás comigo no Paraíso!

Com esta singela oração, aquele ladrão, mesmo já próximo da sua morte, fez com que a sua vida desse uma reviravolta eterna.

E aprendo cada vez mais que não é o tamanho da oração ou a sua eloquência,  que conta para os ouvidos de Deus, mas a sua profundidade, a sua fé.

Sei que Deus está sempre onde é desejado!