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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Escolhas


Gosto muito de assistir à série Everwood (uma excelente série, a meu ver).
Uma série dramática, que aborda temas muito importantes nos nossos relacionamentos mais próximos, como é o caso de maridos e esposas, pais e filhos e todas as situações que nos surgem dia a dia e que por vezes temos dificuldade em gerir.
Hoje, assistia ao diálogo entre o Dr. Brown e o seu filho mais velho.
O pai dizia ao seu filho, que não concordava com uma relação que o seu filho iniciara, pois com quase toda a certeza, iria sofrer mais tarde com isso.
No entanto, ele não o iria impedir. Não o podia e nem deveria fazer. Ainda que o desejasse.
Por muito que lhe custasse, se o filho tivesse que vir a sofrer as consequências dessa decisão, ele como pai estaria ali, para depois o ajudar, caso ele precisasse.
Mas proibir o filho, só o iria afastar mais.
E o filho só aprenderia à custa da lição que tiraria disso.

Ao ver esse diálogo, pensei em como Deus, como o nosso Pai amoroso, lida com os Seus filhos do mesmo modo.
Deus- Pai nunca deixa de me surpreender, de me maravilhar, pois percebo que apesar de todo o Seu poder, Ele não o usa para nos orientar.
Ele retém esse poder, para nos dar a liberdade de fazer as nossas escolhas, ainda que muitas vezes, erradas.
Se Ele interviesse muitas vezes, como nós gostaríamos e pedimos, Ele destruiria a nossa liberdade e nós seríamos apenas marinoetas nas Suas mãos, perdendo toda a nossa espontaneidade.
Deixaria de ser amor, para ser interesse.
E Deus como Pai, o que mais deseja, é que O amemos pelo que Ele é.
Ele não nos impõe o Seu amor, não usa o Seu poder, pois o poder não leva ninguém a amar de livre vontade.
Por isso Ele nos atrai continuamente, com o Seu amor.
E quando caimos, erramos, falhamos, sabemos que Ele não nos julga, mas ajuda-nos a ultrapassar e a crescer em todo esse processo.
Pois é assim que Ele nos vê e trata: como filhos queridos, muito amados pelo Pai.

10 comentários:

alealb disse...

Deus é Pai que nos deixa escolher,
é Pai que tem os braços estendidos pra nos apoiar e segurar,
e isso é extraordinário.
Ele nunca nos anula (e nós erramos inúmeras vezes)e sempre nos auxilia.
Isso é de fato maravilhoso, arrepiante e extraordinário.
beijos,
alê

Anónimo disse...

É exatamente assim que vejo meu relacionamento com Deus.
Será que Ele é tão difícil quanto para nós ver os seus filhos se metendo em enrascadas e ficar só assistindo, sem interferir?
Ele deve nos amar muito mesmo!

O Tempo Passa disse...

Vilma,
Também fui fã de Everwood. Pena que acabou...
Trazia muitos momentos de reflexão séria, sem ditar regras ou impor conceitos.
Voce exprimiu bem o que eu também sinto.

Jorge Oliveira disse...

Deus é O Pai presente, que continua a amar-nos, mesmo quando fazemos más escolhas, que diga-se são infelizmente a nossa grande maioria.

Abraço

Fá menor disse...

É verdade, amiga, Ele deixa-nos livres mas sem nunca nos perder de vista, para quando, depois do mal feito, nos acolher nos seus braços e nos passar a mão na cabeça.

Gostei da tua reflexão.

Beijinho

Tinoca Laroca disse...

Já estou a ver o teu drama...
Toti namora e tu tens que a deixar sofrer e tal....
HAHAHA
ok, é bom mesmo.
God bless you.
T.

Anónimo disse...

A Tinoca de pegou de jeito hein? Também fui fã dessa série. Suas palavras são muito sérias e dignas de serem gravadas. Hoje estava lendo (pela enézima vez) um dos capítulos do livro do Manning (O Evangelho Maltrapilho) que gosto muito (Biguás e Gaivotas) e às tantas ele diz: "A Graça abunda em filmes, livros, romances e música contemporâneos" Eu acrescentaria Blos e posts. "Se Deus não está no redemoinho, talvez esteja num filme de Woody Allen, ou num show de Bruce Springsteen". E como você lembrou, em um capítulo da excelente série Everwood.

Vilma disse...

Tina e Lou:
Não me pegaram não! :D
Tão pouco o meu drama foi esse.. ainda é cedo para pensar nisso!
Não me preocupo por antecipação!
Quando vejo este tipo de situações, percebo nelas algo para mim mesma.
As mudanças tÊm de começar por mim para afectar os que amo!
E quando "ouço" Deus nestas coisas, ouço-as para mim mesma.
É como diz o Lou: Deus fala-nos de muitas formas! E até uma simples série pode nos revelar algo... basta estar atento!:))
Agradeço muito as vossas palavras de amizade e carinho!

bete p.silva disse...

Vilma, tenho um filho de vinte anos, por isso sei o quanto dói dizer esse tipo de fala. Acredito que Deus sofra muito, e conosco. Semmpre conosco.

PDivulg disse...

Parece ser uma boa série tenho de ver...

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