Nas últimas semanas, tenho estado a trabalhar com um novo programa de contabilidade e de pessoal.

Depois de cerca de 12 anos a trabalhar sempre com o mesmo programa, chegou a hora de mudar.
No início, eu desesperava.
Primeiro, porque isso implicava certas mudanças e teria que acabar com todo o comodismo a que me tinha habituado.
Depois, toda uma restruturação.
Tenho estado num outro gabinete, fechado, sem ver a luz do dia.
Para além disso, até estar dentro do programa, os erros têm sido muitos.
E como se não bastasse os meus, ainda o pc que se "apagou" e me fez perder dados que não tinha ainda gravado.
Ora tinha vontade chorar, ora ficava fula! Consolava-me, dizendo que só não erra quem não faz nada!

Arregacei as mangas e prossegui.

Afinal, nada foi em vão.
No meio de tudo isso, aprendi a ter mais experiência com o programa, aprendi (e ainda estou a aprender) com os erros que cometi e na verdade, até estou bem mais entusiasmada a trabalhar com o novo "menino".
A paciência só vem pela provação. Não há outro modo de a adquirir.
E na verdade, isso mostra que Deus tem respondido às minhas orações, quando Lhe peço para me ajudar a ser paciente.
Tudo isto também me tem feito reflectir que na minha vida, as coisas também funcionam assim.
Não serão tão lineares ou simples, mas quantas vezes as mudanças me assustam.
E quantos erros e falhas não tenho cometido e ainda irei cometer o resto da vida que tenho aqui ainda?
Mas é assim mesmo que cresço.
Que aprendo. Que amadureço. E que aceito as mudanças como algo positivo e de bom.
As escolhas erradas, o facto de nem sempre as coisas correrem do meu agrado ou vontade, tudo isso, apenas contribui para que eu cresça.
Se na realidade permito que Deus seja o centro da minha vida, é deste modo que preciso de viver.
Assim, todas as pedras que tropecei, todas as minhas falhas, dores, lutas vão na verdade provar e testar a minha fé e paciência.
No final, quando olhar para trás, verei que tudo isso contribuiu para algo melhor.
Nada é em vão.
Tudo aquilo que enfrentamos, acaba por revelar o que existe dentro de nós.
A maneira como reagimos, mostrará tudo o que está oculto.
Por isso, há que arregaçar as mangas e seguir.
Sem culpas, sem medos, sem receios.