"O inferno não é o outro, o inferno é a ausência do outro - especialmente do grande Outro".
Ricardo Gondim
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha ou que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.
Ele é a angústia do mundo do mundo que o reflecte. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimonio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.
Vinicius de Moraes
8 comentários:
boa leitura! Gostei de ler este livro, e gostei do trecho que escolheste hoje para nós.
obrigado
Vilma
As vezes tenho a sensação de que Jesus nos viu como solitários ou, pelo menos, viu que a maioria de nós era solitária, mesmo estando em meio a muitos. Estender a mão, oerecer o ombro, ou como você faz tão bem, dizer eu estou aqui orando por você são iniciativas essenciais para com os solitários. Certo?
Certo Lou.. é isso mesmo! Por isso que precisamos sempre do Outro e dos outros..!
Leio muitas vezes os teus posts e muitas vezes fico em silêncio. Porque às vezes, como agora, nem sei que te diga...
Ducle: nem sempre é preciso dizer algo. Muitas das vezes nem é preciso... o silêncio fala mais alto! ;)
Estou a ler esse livro!
(Grande música! Parabéns!)
A solidão surge quando deixamos de ter algo em comum com aquilo que nos rodeia. Ai a nossa vida perde o sentido e surge a necessidade de regressar às origem. Regressar à casa de onde partimos.
uma beijoka grande... com saudades
Enviar um comentário