Ouvia hoje na RFM um pensamento sobre o maior drama da humanidade dos dias de hoje: a insensibilidade!
Aquilo fez-me pensar ... ui (quando eu penso nem sei o que sai!!!)
Mas não deixei de dar um pouco de razão.
Nos dias de hoje, as imagens de violência enchem as nossas mentes: na televisão, nos jornais, na internet!
Diariamente, somos invadidos por toda a espécie de dramas que ocorrem no mundo. As imagens entram pelos nosso lares dentro e nós assistimos a tudo, no conforto dos nossos sofás, da nossa sala. Ficamos um pouco chocados, abalados, mas a verdade, é que ao fim de alguns minutos, já ficamos insensíveis ao que assistimos.
Lembro-me da primeira vez que vi um filme violento, segundo os padrões da época: eu tinha 12 anos.
Foi a primeira vez que vi homens a serem alvejados e a ficarem cheios de sangue.
Aquilo impressionou-me e chocou-me de tal modo, que quando saí do cinema vomitei e chorava, impressionada com o que tinha assistido!!
E hoje pergunto: qual é a criança de 12 anos que hoje se choca ou vomita ao ver imagens assim?
Com 12 anos, as imagens de violência que chegam aos nossos filhos são tantas, que aos poucos eles ficam insensíveis. E nós também!!
Aos poucos ficamos "com corações de pedra". Empedernidos! Duros! Fechados!
Este post não é um post pessimista. Não, porque eu não sou pessimista.
Mas a verdade é que para mim é muito confortável escrever certas coisas, quando tanta violência existe ao meu redor! E eu pouco faço para mudar isso!
Procuro o meu equilíbrio em meio a tanta loucura, a tanta violência!
Muitos poderão achar que escrevo coisas cor-de-rosa! Que vivo alienada do que se passa à minha volta!
Mas acima de tudo, o que eu procuro, é não perder a sensibilidade que me resta; procuro o meu ponto de equilibrio e recuperar a esperança, a confiança, a fé!
Ter a certeza de que há um sentido para a nossa vida.
Quando evito que a minha filha de três anos assista a imagens de violência, eu procuro que ela não se encha dessas imagens ao ponto de se tornar como elas.
Não desejo que ela viva alienada, mas sensível à dor, ao sofrimento e que tenha repulsa pela violência.
Desejo que os corações se encham de esperança e amor.
Desejo que os corações se movam, se sensibilizem.
Desejo que as pessoas chorem, riam, amem, gritem. Mas que sintam!
E espero e confio n'Aquele que é maior que tudo e todos, que nos ajudará a olhar o mundo através do Seu olhar e ter a certeza que Ele mesmo, moverá os nossos corações a sentir! E a não permitir que eles fiquem duros como pedras!
9 comentários:
Fantástico blog. Voltarei de certo.
Olá, Vilma!
Esse teu post trata de uma questão muito importante, pois lidar com a banalização da violência com sabedoria e equilíbrio é um grande desafio para cada cristão atualmente.
Entre uma resistência sadia e uma dessensibilização, de fato, a linha é muito tênue, e quando isso se refere à educação dos filhos, importantes tópicos precisam ser abordados, como: a relação da Igreja de Cristo com os conteúdos transmitidos pelos meios de comunicação de massa, a superexposição de crianças a tais conteúdos, o papel da Igreja no surgimento de um ambiente onde tais conteúdos sejam analisados com uma crítica cristã madura e ativa e a influência dessa crítica cristã para além dos templos.
Vilma amiga, tenho certeza que hoje tornou-se imprescindível à Igreja um posicionamento mais assertivo sobre tais questões, e seu post pode fazer com que as pessoas percebam isso e possam se mobilizar.
Oremos para que Deus levante pessoas preparadas para abordar esse assunto em nossas igrejas.
Um fraterno abraço do amigo
Eliot.
Excelente reflexão!
Beijinhos!
Gostei deste "alerta" tão verdadeiro ,quanto actual.Eu acho q nos habituamos a criar esta capa de insensibilidade como defesa para efectivamente termos um ponto de equilibrio.
É um bom tema para reflexão Vilma...como sempre :)
bjokas grandes ":o)
Não podemos ficar insensíveis quanto a este assunto! “Um coração de carne” sempre saudável...
Acho que é mesmo a maneira de nos defendermos..
Beijinhos
Ora bem... Temos foto... E uma música linda!
Quanto ao teme digo-te que a insensibilidade é uma coisa que me perturba imenso. Infelizmente cenas de violência entram na nossa casa a toda a hora.
Beijinhos
Cara Vilma.
Que o teu coração se dinamize nesses anseios, e luz hás-de espelhar e agir.
Espalhar cor-de-rosa num mundo cinzento e baço é um dom, que consegue até e tantas vezes enternecer a pedra dos corações.
Abraço grande, e um beijo à filhota :)
É, de facto, algo fundamental com o qual espero saber lidar.
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