Reino dos Céus

Ao fim de 2 anos de ausência das salas de cinema, voltei sexta feira ao grande écran.

Perante as várias opções, acabei por escolher o "Kingdom of Heaven" - um filme passado no tempo das cruzadas, por volta de 1184.

Confesso que não era bem o género de filme que me apetecia ver, mas o restante cartaz não me atraiu e optei por este. E não me arrependi.

Apesar da violência inerente à epoca (e ter que fechar os olhos por vezes, para não ver tanto sangue a espichar...) a mensagem do filme é interessante. Pelo menos, no meu contexto.

Um jovem cavaleiro, Balian (por ventura, muito, muito... enfim, bonito!) vai a Jerusalém, para buscar ali, naquela Terra Santa, o perdão para os seus pecados.

Não me vou estender na história.

A conclusão a que eu cheguei foi esta: nesta busca, ele acaba por compreender que o chamado "Reino dos Céus" não se encontra num lugar especial da Terra, tão pouco na "religião".

Ele aprende a conhecer-se, como alma, como homem, mas acima de tudo, entende que o Reino dos Céus está no coração e na mente de cada ser humano, que é onde Deus deseja verdadeiramente reinar. Que qualquer lugar é bom para obter perdão de Deus. E por isso, o Reino encontra-se em todo o lugar e avança de forma invisivel.

Fica evidente neste filme que a fé sem amor gera o fanatismo, seja em que religião fôr: cristã, judaica ou muçulmana. Que absurdos se cometeram e ainda se cometem em nome de Deus. E que Deus não se encontra nem em rituais, cumprimentos, religiões... mas no coração de quem reconhece que Deus só pode reinar na nossa vida, quando Lhe entregamos o trono do nosso coração.

"Não tenhas medo frente aos teus inimigos

Sê bravo e correcto

Fala a verdade

Protege os indefesos"