Aquilo que me ocorre é apenas isto: a minha irmã mudou de endereço.
Ela, que dizia "as mães só mudam de endereço, mas no sentir, são todas iguais", mudou-se.
Apesar do choque, da dor, das circunstâncias, sinto algo doce dentro de mim.
Foi a sua ânsia de viver a vida até aos limites, na sua busca por se encontrar a si mesma e sentido à sua vida, que a conduziu a este momento trágico.
Mas ficam gravadas na minha mente a nossa última conversa, dois dias depois de completar 26 anos. Palavras de encontro, de paz, de fé. Ela sentia-se feliz. Posso quase ouvir a sua voz: "Minha mana...!" Era assim que ela me tratava.
Eu até sei o que a levou a esse caminho, do que ela fugia. Não lhe pude deitar a mão. Ela precisava de seguir o seu próprio caminho.
Agora, fica apenas a sua doce lembrança e um "Até breve", quando nos encontrar-mos de novo, na Casa do Pai.
5 comentários:
Muitos e muitos e muitos beijinhos.
Ana Rute Cavaco
Pois, como diz o gajo, o estranho é que é a tua irmã ,a irmã da minha irmã, é como que um fazio de sentimento, um sentir e não sentir, como sabes, sinto muito por ela, pelo pequenino, até pela tua mãe, perder um filho não é fácil... Estou cá, para quando precisares...
Abraço forte, com carinho.
Nestes momentos difíceis quase nunca conseguimos encontrar as palavras certas para dizer, só quero deixar aqui o meu abraço de amizade e muitos beijinhos e dizer-te que sempre que precisares de um ombro amigo podes contar comigo... Muita força e coragem... Beijinhos
Lúcia
Agradeço a todos o carinho.
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