Desgostam-me dias assim. Dias em que o meu humor azeda, porque a minha filha está também impaciente com os dentes, acorda birrenta e a minha paciência e compreensão escapam-se.
Fico danada. Danada é o termo que aplico comigo mesma. Porque eu é que sou adulta, eu é que deveria saber lidar com a dor e a impaciência dela. E quando a perco, fico desapontada, desiludida comigo. Travo esta luta dentro de mim, porque são atitudes que detesto ter. Sempre pensei em mim como uma mãe super paciente e compreensiva; e quando falho, fico de rastros. É uma das coisas novas em mim que estou a descobrir e que não gosto.
Sei também que são com os meus erros que aprendo. Mas não gosto de reagir assim com ela.
Depois penso nas vezes em que pedi a Deus que me ajudasse a ser uma pessoa paciente, compreensiva. E Deus não é mágico. Ele não tem uma varinha de condão que faz "plim" e pronto, aí tens a paciência.
Não, é através de situações, de circunstâncias, assim como esta, que eu posso aprender. Elas vão aparecendo e eu vou aprendendo, aprendendo até finalmente, a paciência fazer parte do meu carácter.
Mas que por vezes dói, isso dói.
E por isso me dano por nunca mais aprender a lição.
2 comentários:
És humana, não és? Faz parte da condição humana não sermos perfeitas. Não há quem não perca a calma ou até o discernimento. O importante é que gostas muito da pequena grande Vitória, e ela sabe disso, concerteza!
Bjs
Margarida: é verdade sim. Também não duvido que ela sabe muito bem quanto a amo. E a verdade, é que até mesmo assim, não gostando das minhas reacções, eu percebo o quanto a amo. Peço-lhe desculpa e ela abraça-me e acaba por ela me dar uma lição. As crianças são assim....
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