Começo a receber no meu correio mensagens de correntes de solidariedade pelas vítimas da tragédia na Ásia.
Façam isto ou aquilo pelas vitimas, etc., etc., etc..
No meio de tudo isto, é certo que existem muitos que tiram proveito de alguma maneira. E a verdade é que espremido não resolve muita coisa.
Mas uma coisa penso: são em acontecimentos assim que o melhor do ser humano vem ao de cima. É quando o ser humano se torna "humano". Ajudando de várias formas, países esquecendo as suas divisões e guerras e conflitos. Mesmo que daqui a umas semanas se torne no esquecimento, tragédias assim dão que pensar e reflectir na brevidade e fragilidade das nossas vidas. E que pelo facto de ter acontecido tão longe, não quer dizer que não possa acontecer-nos um dia também.
Então, as pessoas param um pouco, pensam em como habitualmente são egoístas, no tempo que deixam de estar com aqueles que amam, para ganhar mais dinheiro, nas palavras de amor que não disseram, nos gestos que não fizeram... e por um pouco de tempo, a dor, a tragédia une o coração humano.
Já alguém viu um ser humano que no leito de morte diga: "Ah! Deveria ter ganho mais dinheiro!";"Deveria ter trabalhado mais!". Acho que não! Nessa hora, só pensamos nos que amamos e no tempo que deixamos de estar com eles, de não dizer "Amo-te!" "Gosto muito de ti!". Andamos numa correria louca e desenfreada, no final para quê?
Que esta tragédia possa ajudar cada ser humano a pensar, a parar e a reflectir bem na brevidade da sua própria vida e a usá-la de forma que conte!
Sem comentários:
Enviar um comentário