Escritores que me inspiram: C.S.Lewis

C.S.Lewis, conhecido pelos seus livros das Crónicas de Nárnia,  foi um daqueles escritores cristãos que comecei logo a ler no início da minha vida como discípula de Cristo.

Confesso que comecei logo por querer me alimentar de algo demasiado "forte", para quem ainda era um bebé espiritual. Como se costuma dizer na linguagem popular, era demasiada areia para a minha camioneta.

Mas com o passar do tempo e, depois de já ter deixado o leite espiritual, almejei por alimento mais substancial.

Foi então que voltei a pegar em C.S.Lewis. 

Tendo sido assumidamente um ateu, é fantástico ler nas suas obras, o seu próprio caminho que o conduziu a Deus. 

Recomendo que leiam os seus livros.

Partilho aqui um belo texto que li hoje, do seu livro "O Problema do Sofrimento", sobre Amor e Bondade.

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"Há bondade no amor; mas amor e bondade não são sinônimos; e quando a bondade é separada dos demais elementos do amor, ela envolve certa indiferença em relação ao objeto de sua benevolência, ou até mesmo certo conformismo em relação a ele. A bondade consente de forma bastante rápida com a remoção do seu objeto – todos nós já encontramos pessoas cuja bondade em relação aos animais as leva a matá-los para evitar que sofram. A bondade pura e simples não se importa se seu objeto vem a ser bom ou mau, contanto que ele escape do sofrimento.


De acordo com as Escrituras, são os bastardos que são mimados, os filhos legítimos acabam sendo disciplinados (Hb. 12:8). É para as pessoas com as quais não nos importamos nem um pouco que pedimos felicidade incondicional. Porém, quando se trata dos nossos amigos, cônjuges, namorados e filhos, somos exigentes e preferimos vê-los sofrendo do que vivendo uma felicidade conformada e alienante. Se Deus é amor, Ele é, por definição, algo mais do que simples bondade. E parece, a julgar pelos registros, que apesar de Deus ter nos repreendido e condenado tantas vezes, Ele jamais se referiu a nós com desprezo. Ele nos recompensou com a extravagante benevolência de seu amor por nós, no sentido mais profundo, mais trágico, mais inexorável."