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segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

Tudo tem dois lados...

Nem a propósito, que depois de escrever o post anterior, li um pequeno texto, daqueles que eu pessoalmente gosto, pela simplicidade e veracidade das suas palavras, que nos mostram que deveríamos olhar mais o mundo com o olhar das crianças. Eu procuro muitas vezes olhar para o mundo assim. Muitas vezes posso ser vista como alguém "alienada". Talvez até seja, nunca me senti mesmo como fazendo parte deste mundo. Quando ainda namorava o meu marido, dizia-lhe que tinha a impressão que estava cá neste mundo, mas que não era de cá. Mais tarde vim a compreender a razão de sentir isso, mas isso são outras histórias. A verdade é que por vezes tenho uma visão um pouco infantil das coisas, eu reconheço. Mas sabem? Ainda bem. E tenho pena mesmo assim de já ter perdido muita coisa pelo caminho, com decepções, desilusões e outras coisas que mais. Só peço para que nunca a amargura tome conta de mim, que não há veneno pior para o coração.
Mas vá, deixemo-nos de palheta e aqui vai o texto que achei lindo e vou postar aqui:
Tudo tem dois lados
Tudo na vida tem dois pontos de vista.
Quando olho a planta dentes-de-leão, eu vejo ervas daninhas a invadir o meu quintal. Os meus filhos vêem flores para a mãe e sopram a penugem branca pensando num desejo.
Quando eu olho para um velho mendigo que me sorri, eu vejo uma pessoa suja que provavelmente quer dinheiro e eu afasto-me. Os meus filhos vêem alguém a sorrir para eles e sorriem de volta.
Quando ouço uma música, eu gosto e sei que não sei cantar e não tenho ritmo, então sento-me e escuto. Os meus filhos sentem a batida e dançam. Cantam e se não sabem a letra, criam a sua própria melodia.
Quando sinto um forte vento na minha cara, esforço-me contra ele. Sinto-o a atrapalhar o meu cabelo e a empurrar-me para trás enquanto ando. Os meus filhos fecham os seus olhos, abrem os seus braços e voam com ele, até cairem por terra.
Quando oro, eu digo conceda-me isto senhor e dê-me algo que eu quero. Os meus filhos dizem, "Olá Deus! Agradeço pelos meus brinquedos e meus amigos."
Quando olho para uma poça de lama eu dou a volta. Eu vejo sapatos enlameados e tapetes sujos. Os meus filhos sentam-se nela, fazem represas para construir, rios e bichinhos para brincar.
Eu queria saber se Deus nos deu os filhos para os ensinarmos ou para aprendermos com eles.
Então aprecie as pequenas coisas da vida, porque um dia você pode olhar para trás e descobrir que eram grandes coisas .

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