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segunda-feira, 11 de março de 2013

Bateria espiritual


Na nossa sociedade actual, com facilidade recebemos sinais e avisos dos nossos aparelhos, quando eles precisam de nova carga ou reparação.
Quando o telemóvel está com a bateria fraca, recebemos o aviso e colocamos a carregar; se o depósito de gasolina estiver na reserva, a luz começa a piscar e temos de nos dirigir ao posto de gasolina mais próximo para o reabastecer. Com outro tipo de aparelhos sucede  o mesmo. Sabemos que não podemos negligenciar esses avisos.

Com o nosso corpo sucede o mesmo. Ele envia sinais quando algo não está bem. E tantas vezes, ao invés de tratar a causa da dor, remediamos apenas.  Até que mais tarde o problema real acaba por se manifestar.
Mas será que também estamos sensíveis às nossas baterias espirituais?
No conforto fácil da sociedade de consumo em que vivemos, podemos pensar que está tudo bem espiritualmente, quando, muitas vezes, as nossas baterias estão fracas, senão vazias.
E também recebemos sinais.

Jesus ensinou-nos que é no Amor que mostramos que somos seus discípulos.
O Amor é uma das maiores evidências de que Ele habita em nós e que em tudo Lhe obedecemos.
Como está a bateria do nosso Amor?
Vamos com regularidade à Sua presença abastecer-nos? Permanecemos dia após dia Nele?
Ou será que, com facilidade nos irritamos, pensamos mal dos outros, dizemos palavras que ofendem, falta-nos a paciência, a alegria, a paz?
Isso são alguns dos sinais de que a nossa bateria espiritual está a ficar com o nível fraco.
Até mesmo nas nossas agendas de serviço a Deus, o Amor pode não estar presente.
Jesus falou a uma Igreja, em Éfeso (Apocalipse 2:2,3). Elogiou-a pela forma como era fiel à doutrina, como eram perseverantes e enérgicos no serviço a Deus. Não permitiam falsidades e pareciam eficientes. Mas Jesus tinha um problema a apontar nesta Igreja: tinham deixado o primeiro amor!
Nada é mais frio do que uma igreja que não ama, do que um cristão que serve sem o amor.
Sem o amor presente, a bateria espiritual esvazia.

Paulo ensina-nos na carta aos Coríntios o que é mais importante:


Mas deixem-me mostrar-vos o caminho mais excelente! 
Ainda que eu falasse as línguas dos homens ou até mesmo dos anjos, mas não fosse capaz de amar os outros, não seria mais do que um instrumento de fazer barulho. 
Se eu tivesse o dom de falar em nome de Deus, e se soubesse os mistérios do futuro e se conhecesse tudo acerca de tudo, mas não amasse os outros, de que me serviria isso? E até mesmo que tivesse fé de forma a poder falar a uma montanha e fazê-la deslocar-se, isso não teria valor algum sem o amor.  Ainda que desse tudo aos pobres, ainda que deixasse que me queimassem vivo, mas se não amasse os outros, eu não teria nenhum valor. 
O amor é paciente e bondoso. Não é invejoso, nem orgulhoso; não é arrogante, nem grosseiro. 
O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço e dificilmente suspeita do mal que os outros lhe possam fazer. 
Nunca fica satisfeito com a injustiça, mas alegra-se com a verdade.  O amor nunca desiste, nunca perde a fé, tem sempre esperança e persevera em todas as circunstâncias.

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