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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lengalengas

Enquanto venho no carro com a filha, ela vai cantando as lengalengas dela.
Recordo-me de como eu também, na hora do recreio, soletrava as lengalengas enquanto batia as mãos com a minha parceira.
No entanto, as lengalengas de hoje nada têm a ver com as do meu tempo (uau... como soa a cota!!).
Uma das preferidas dela, acaba por ter alguma sabedoria.
A brincar, a cantoria fala da brevidade da vida e em como ela passa depressa.
Preparem as mãos e vamos lá fazer a lengalenga:

À uma eu nasci
Às duas me batizei
Às três pedi namoro
E às quatro me casei.

Às cinco, uma dor!
Às seis, uma aflição.
Às sete, senhor Doutor
E  às oito, no caixão.

Às nove, a caminho
Às dez, cemitério.
Às onze, no buraco.
E às doze lá no Céu!
Béum, béum!

E é assim, uma vida em 12 horas, numa lengalenga!

7 comentários:

Anónimo disse...

kkkk que engraçadinhas as lengalengas de Portugal!Gostei!
Valéria-Brasil

Anónimo disse...

à uma hora nasci
às 2 me baptizei
às 3 arranjei namoro
às 4 lá me casei
às 5 estava doente
às 6 com a bela na mão
às 7 com bela na mesa
ai ai às 8 já no caixão
às 9 ia a caminho
às 10 no cemitério
às 11 já enterrado
às 12 subi ao céu
O céu estava estrelado
Uma estrela estremeceu
os passarinhos piaram
e a _______ morreu

Anónimo disse...

À uma hora nasci,
às duas me batizei,
às três tomei amores
e às quatro me casei.
Às cinco estava doente,
às seis estava acabado,
às sete tomei um frete
e às oito estava enterrado.
Às nove os bichos comeram-me,
às dez tiraram-me o véu,
às onze para o purgatório
e ao meio dia para o céu.

Cheguei ao céu me sentei
numa cadeira de encosto,
dei um beijo numa pomba,
julgando que era o teu rosto.


António Rufino, Madeira-Portugal

Unknown disse...

A uma hora nasci.
As duas me batizei.
As três estava de namoro.
As quatro horas me casei.

As cinco estava doente.
As seis parou o coração.
As sete cima da mesa.
As oito horas no caixão.

As nove em acompanhamento.
As dês cobriu-se de véu.
As onze na sepultura.
A meia noite no céu.

O sol cobriu-se dende
A lua escureu.
Até os anjos choravam.
Que a nossa Líria morreu.

Eu tenho saudades da Líria.
Aquela mais amorosa.
Daquele céu estrelado.
E aquela noite de rosas.

Ana Cristina Alves disse...

Quando era criança cantava-se esta cantilena com jogos de mãos. Era um jogo para jogar a duas pessoas, portanto, a quatro mãos. Começava-se num ritmo lento que aumentava à medida que nos aproximávamos da hora final. Iniciava-se batendo as palmas de um jogador nas palmas do outro, de forma cruzada, isto é, a mão direita de cima para baixo e a esquerda de baixo para cima. Seguia-se a batida das palmas de frente, esquerda com esquerda e direita com direita e depois, esquerda com direita, uma na outra de cada jogador, individualmente. Repetia-se a primeira parte e cada quadra terminava com o bater de palmas frente a frente, esquerda com esquerda e direita com direita, duas vezes.
De todos os jogos de mãos de que me lembro, este era o de maior dificuldade.
Tal como a vida, vamos crescendo, brincando e aprendendo.

À uma eu nasci,
às duas baptizei,
às três pedi namoro
e às quatro me casei.

Às cinco deu-me a dor,
às seis aflição,
às sete no doutor
e as oito no caixão.

Às nove ia a caminho,
às dez no cemitério,
às onze no buraco
e às doze no céu.

Céu, céu.

2021 - Cidade da Maia, Porto

Unknown disse...

O céu n me quiz
O inferno tmb n
Fiquei lá num canto
E fiquei lá muito bem
Beu beu lol😟😟

Anónimo disse...

Velha

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