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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ao pó


Estava a visitar um atelier que se encontrava  fechado à muito tempo.
Dirigi-me para a casa de banho e reparei  num montinho de terra a um canto.
Aproximei-me para ver melhor o que era.
Um esqueleto de pássaro sobre um monte de terra.
Entrou por algum buraco.
Ficou preso no atelier e não conseguiu fugir.
Morreu.
Apodreceu.
E no lugar do corpo dele, apenas um pequeno esqueleto e terra por baixo e à volta dele.
Estranhei aquela terra embaixo do pássaro. Só havia o azulejo do chão e aquele montinho de terra com o esqueleto do pássaro.
Como foi a terra parar ali?
Então, lembrei-me de Génesis 3:19 :

"Só à custa de muito suor conseguirás arranjar o necessário para comer, até que um dia te venhas a transformar de novo em terra, pois dela foste formado. Na verdade, tu és pó e em pó te hás-de transformar de novo."

Nunca tinha observado um corpo assim, que depois de decomposto, ficasse literalmente em pó.
Cinzas! Terra! Barro!
Somos todos pó. E ao pó voltaremos.
E o que fazemos enquanto não voltamos a esse estado?
Que marcas deixamos na vida de outros?
O corpo volta ao pó ... mas podemos deixar uma marca eterna!
Uma marca que não se decomporá.
E essa marca, é a marca de Deus em nós!
O sopro da vida!

Post publicado em 25 de Outubro de 2008

2 comentários:

Avozinha disse...

Mas a nossa história não termina no pó! Pois o Senhor da vida tem poder e vai voltar a dá-la ao pó que somos, num nível superior!

Vilma disse...

Avozinha:
É essa marca que não se decomporá e que falo: o sopro de vida de Deus, a Sua marca.
Louvado seja o Senhor.

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