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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Se eu fosse Papa

Não me perguntem se a pergunta tem alguma pretensão, porque não tem. O barro com que se fazem os Papas não é de certeza o barro de prato onde como ou onde comi. Não me perguntem se é uma pergunta, pois pode ser apenas uma afirmação.
Quando era pequeno, aí com os meus oito anos, imaginava que os Papas e os bispos não podiam senão ser santos. Hoje sei que é a missão de cada cristão. Imaginava-os sem limitações, defeitos ou pecados. Hoje sei que não há ninguém no mundo que não os tenha. Há apenas aqueles que se esforçam mais para alcançar a santidade, aqueles que não estão para aí voltados, aqueles que não se esforçam e aqueles que se esforçam, mas não conseguem. Sem dúvida que faço parte do último grupo. Vale-nos o Amor de Deus que será bem maior que a nossa vida. Quero crer que os bispos e os papas fazem parte do primeiro grupo. Mesmo que, muitas vezes, pense diferente do que creio ou quero. Mas isso é a Igreja de Cristo, santa e pecadora, feita de humanidade. Mas isso somos todos nós, homens que não somos deuses. Mas isso faz parte do sonho de Deus que nos ama acima de tudo nas limitações e fragilidades. Mas isso faz parte das afirmações de Jesus que disse vir para os pecadores.
Por tudo isto sei que os Papas são como os outros seres humanos. Por isso sei que os bispos são como os outros seres humanos. Por isso sei que os padres são como os outros seres humanos. Por isso sei que somos Igreja. Por isso sei que os Papas não são mais do que eles próprios. O que os faz diferentes não é a vida, mas a missão. O que nos faz diferentes não é a vida, mas a missão. O que nos faz de Cristo não somos nós, mas é Cristo. O que nos faz cristãos é Cristo.
Por isso se fosse Papa, era apenas eu. 

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