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terça-feira, 8 de maio de 2007

Entrega

Tempos atrás, eu tinha um barquinho de pesca

E parti com ele para o alto-mar.
Para onde a brisa soprasse,
Para ali virava a minha embarcação.

Meu era o barco, e meu, o vento,
Meu era o mar, sem qualquer preocupação.
E no meu barco eu labutava durante a noite.
Ao pôr-do-sol, partia para pescar.
De manhã, ele vinha pesado com o produto da pesca,
Que com habilidade e muito esforço eu conseguia granjear.

Meu era o barco, e minha, a rede,
Minha, a habilidade e o poder de pescar.
Certo dia, quando eu lançava a rede ao mar,
Passou pela praia um homem
Que falava de maneira singular.
Segui-o. Minha vida mudou.

Meu era o barco, mas a voz era dele,
E dele o chamado; mas, minha, a decisão.
Ah! Foi uma noite terrível, aquela, no lago,
E toda a minha habilidade de nada valeu.
Então fui acordá-lo e gritei: "Toma!
Assume o comando, senão perecerei!"

Dele era o barco, e dele, o mar,
E dele a paz que tudo aquietou.
Certa vez, do seu barco, ele ensinou a multidão que o buscava,
Depois ordenou que eu lançasse a rede ao mar.
Reclamei, mas obedeci. Pouco depois,
Espantei-me com a pesca e me retratei.

Dele era o barco, e dele, o poder.
Dele, a pesca, e dele, todo o meu ser.
Joseph Addison Richards

5 comentários:

alealb disse...

poema lindo e verdadeiro!
beijos,
alê

Margarida Atheling disse...

Magnifíco e verdadeiro, pois! :)

Bjs!

Miguel disse...

Pois...

Anna^ disse...

um beijo

Paulo Costa disse...

Gostei muito do poema. O simples, impulsivo e rude pescador que se tornou um Apóstolo.

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