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sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Um Amor de Pai

Desde que sou mãe, faço muitos paralelismos com o meu relacionamento com Deus através do meu próprio com a minha filha.

À medida que ela vai crescendo, as minhas atitudes para com ela também se vão alterando.
Se quando era mais pequenina a minha presença era constante, aos poucos, vou permitindo que ela comece por resolver as dificuldades por ela mesma.

Vão surgindo mais barreiras mas também, novas oportunidades de aprendizagem.
Para o bem dela, não posso permitir que ela cresça numa espécie de redoma. Apesar de a minha tendência como mãe é de a proteger e evitar que sofra, não posso estar sempre perto dela.

E na maioria das vezes, ela vai aprender por experiência própria.

É algo difícil. Quem é pai ou mãe percebe e entende a minha luta.
É a luta de todos os pais.

E eu vejo na minha vida e ralacionamento com Deus algo semelhante.
No princípio da minha vida com Deus, Ele tratava-me como um bébé: as minhas orações eram atendidas com mais frequência, as dificuldades pareciam mais facilmente superadas e resolvidas ... era como se Deus estivesse permanentemente do meu lado segurando-me como quando nós seguramos os nossos filhos que estão a aprender a caminhar.
Depois, com o tempo, Deus fica do meu lado umas vezes apertando somente o meu ombro.
Com o passar do tempo, esse apertar de ombro não é tão frequente e há momentos, que parece que Deus nem está do meu lado.
Mas eu sei que está!
Tudo isso faz parte do processo de crescer, amadurecer e aprender a conhecer Deus e a experimentá-lo.
Ele faz isso por amor a nós.
Há alturas na vida de cada filho de Deus, que parece que ele desapareceu, que não ouve.
Mas eu acredito que são exactamente em momentos como esse, que nós podemos crescer em fé e dependência.
Senão, até poderíamos correr o risco de nos tornarmos filhos mimados e prepotentes.
Não é isso que desejamos para os nosso filhos ... e com certeza que não é isso que Deus deseja pra nós também.
O nosso amor como pais é imperfeito.
Mas Deus é o Pai!
Ele é um Amor de Pai!
E Ele sabe sempre como lidar com cada um de nós!
Ele nunca nos deixa nem desampara ... mas permite as provações e as dificuldades para o nosso bem.
Nunca esqueçamos que ele é o Pai que vai ao encontro de cada filho...
Este meu paralelismo poderá parecer simples e demasiado óbvio. E é.
Ninguém pode conhecer os pensamentos de Deus, pois eles são mais altos que os nossos.
Mas encontro também muita simplicidade nos pensamentos de Deus, pois ele mesmo se compara tantas vezes a um pai, a uma mãe, a um marido traído e que perdoa a esposa, etc., exactamente para chegar aos simples de coração.

9 comentários:

Anónimo disse...

É. Quem dera que todos os pais e mães se parecessem com Deus.
Gostei da comparação.

Anónimo disse...

É. Quem dera que todos os pais e mães se parecessem com Deus.
Gostei da comparação.

Tinoca Laroca disse...

AMEN!
bjs.
T.

Lou H. Mello disse...

Deus pai. Um eufemismo criado por Jesus devido a noção do Deus rei e soberano dos judeus via Torah.
Particularmente, fujo dessa relação Deus-pai porque meu pai se parecia mais com o Deus do Antigo Testamento, tipo olho-por-olho.
Gostaria muito de um Deus pai do tipo que mima, mesmo. Honestamente.
Fui diretor de creche e obrigava o pessoal a pegar os bebes no colo e niná-los quando choravam. Aprendi que as pessoas se tornam dependentes por insegurança. Crianças largadas não são seguras, sentem-se abandonadas.
Mas, é um tema bem legal e há muito mais a refletir.
Você fez muito bem em abordá-lo. Obrigado.

Vilma disse...

Lou: é verdade o que afirmaste!
Crianças seguras são normalmente crianças que são tocadas, acariciadas, que os pais pegam no colo, etc. É importante que elas sintam o nosso amor e que lhes transmitamos essa segurança em pequenos para se tornarem adultos seguros.
Talvez por isso mesmo que quando somos "bebes" Deus nos mime, pegue ao colo para nos dar essa segurança.
Mas não podemos ser bebes pra sempre certo?
Temos de deixar o leitinho e buscar alimento mais forte...
Enfim, é assunto pra dar que falar... abordei aqui pra partilhar pensamentos e reflexoes minhas! :D

Caros Amigos disse...

Vilma, acredito no amor imenso de Deus pai. Um pai que dá o melhor a seus filhos. Sempre com equidade e benevolência. Ia a dizer justiça mas tenho medo de ser mal entendida.

Anónimo disse...

Podemos ser aquilo que Deus Quer de nós, é só querer. Teremos de viver tristeza mas também alegria. Ajudar, amar e perdoar! É só isso! Façam e serão recompensados.

Lou H. Mello disse...

Vilma
Usei a palavra "eufemismo" segundo meu entendimento dela. Aliás o "entre aspas" fez a gentileza de informar a definição dada por um dicionário que, por sinal se parece muito com a do dicionário que costumo consultar (o MIchaellis - UOL). A única diferença é o "menos honesta". Continuo achando Jesus o mais sincero dos homens que pisou sobre a terra. Penso sim, que ele tratou de suavizar a noção judaica de um Deus inacessível e muito bravo, da época, usando a forma mais carinhosa e gentil de tratar o "Pai'.
Me desculpe pora causar polêmica em seu Blog. Não tinha a menor intenção. Nos próximos comentários prometo evitar os eufemismos e ir direto ao ponto.
Procurei o "entre-aspas" para falar-lhe em separado, mas, não fui feliz e vou evitar a piada óbvia para não contragê-la.
Mil perdões

Vilma disse...

Lou: não tens de te desculpar.
Apesar de eu procurar não lançar assuntos polémicos, é natural que surjam diversas opiniões e ideias diferentes sobre o que escrevo. É normal e natural.
É assim que vamos aprendendo uns com os outros.
Eu percebi o que querias dizer com o "eufemismo".

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