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quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

"O amor crê no amor"

Hoje ao visitar um blogue do qual me tornei fã (que não linko, porque só com autorização o faço), dizia: "O amor é uma coisa e a vida é outra."
Comecei a pensar sobre isto, mas algo me diz que não é assim, que não tem que ser assim!
Deus é Amor. Ele é! Ele também nos deu a vida. Como vivê-la sem o amor? Como dividi-los?
Então lembrei-me de um texto que li à pouco tempo, de alguém que eu gosto muito, pela sua fé e visão do Evangelho: Caio Fábio . E o que ele escreveu sobre o amor, eu vou transcrever aqui,
palavra por palavra. Para reflectir.

O AMOR CRÊ NO AMOR
Pergunte a um amante se ele ou ela quer deixar de necessitar da pessoa amada, e a resposta será “não”.
Pergunte a um verdadeiro crente se ele deseja não precisar de Deus, e ele também dirá “não”.
Este é o fruto do amor: necessidade de crer no amor, e não temer sofrê-lo ou conhecê-lo.
É uma tragédia o amor que não pode ser declarado como vida, assim como é trágica a fé que não se manifesta como obra.
Assim é com o amor: ele tem que dar fruto!Proibir o amor de se expressar é como proibir uma planta de dar seu próprio fruto.
O amor não tem como falar de si em palavras, nem em “distintas ações”.
O amor não tem como se fazer crer sem amor. O amor não tem poder que não seja ele próprio.
O único poder do amor é crer em si mesmo!
Jesus disse que a árvore é conhecida pelo seu fruto.
Desse modo, assim como o fruto procede da planta, assim também a planta é formada pelo fruto que dá.
Assim também o fruto do amor forma o coração onde ele nasce. Pois se o amor procede do coração, é ele que também dá forma ao coração.
Esta é condição sine qua non do amor!
O fruto do amor dá natureza ao coração de onde ele procede. De forma que o amor sempre será maior que o coração, assim como o fruto é maior do que a árvore, pois se foi a árvore quem o gerou, é ele quem garante a existência da árvore como semente que carrega a própria árvore. Assim, pelos seus frutos os conhecereis.
Nenhuma palavra bela ou doce pode garantir que há amor em nós. E nem tampouco nossa ações de bondade e socorro o podem demonstrar, visto que posso falar línguas angelicais acerca do amor, sem amar; e posso dar meu corpo para ser queimado, a ainda fazer isso sem nenhum amor.
Assim, não existe obra ou boa palavra pela qual alguém possa dizer que uma outra de fato está amando.
O amor só fala a linguagem do fruto, e que é a linguagem da vida, da semente que carrega a natureza de onde ela procede.
O fruto do amor depende de como cada obra é feita, e de que natureza ela carrega na sua essência.
Ninguém, todavia, se convence de que está sendo amado se não puder crer no amor.
Assim, tanto aquele que ama como também aquele que é objeto do amor, precisam crer no amor, do contrário, nenhum amor se estabelecerá como bem. Nesse caso, pode até se parecer como ofensa para quem nele não crê.
O amor tudo crê. Por isto é que tudo suporta e jamais acaba.
Se alguém não conhece o amor como fé no amor, esse tal jamais amará, pois o amor precisa crer em sua própria existência a fim se firmar como tal.
Desse modo, é o amor que crê no amor a fé que realiza atos que serão verdadeiros frutos do próprio amor. Pois, se o dito amor nem “tudo crer”, nada do que fizer lhe aproveitará.
Esse é o “caminho mais excelente” e acerca do qual eu quero crer não com palavras, mas com obras. E a primeira obra acontece no coração, se ele é capaz de crer no amor.
Eu não posso jamais perder a fé no amor. Pois se isto em mim acontecer, aí sim, minha existência terá sido um total desperdício.
Caio
Escrita em 30/06/04

1 comentário:

Margarida Atheling disse...

Uma lição...!
Vou tê-la em conta! Mesmo que não exista agora, ainda, um amor de que falar. Existe a possibilidade...

Quanto ao link, podes fazê-lo sempre que o entenderes.
Muito obrigada pelas palavras e, sobretudo, pela lição!

Bjs e as melhoras dos dentinhos da Vitória (e das angústias da Mãe)!

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