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quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

Coisas de bebé a passos largos de ser criança...

Os bebés nos dias de hoje deixam de ser bebés muito cedo. Provalmente, em razão de tanto estímulo e de terem acesso a coisas impensáveis no meu tempo.
Por um lado tenho pena, pois gostaria que se prolongasse mais um pouco esse tempo delicioso de bebé; mas por outro, assistir a determinadas cenas e saídas a "piolhos" de 25 meses, como é o caso da Vitória, é demais.
Hoje não resisto a contar as mais fresquinhas, porque começam a ser tantas que depois as mais recentes fazem esquecer as passadas.
Cena 1:
Ontem, ao final de mais um dia, eu e a minha mana vamos buscar os nossos pimpolhos à avó.
Estamos a vestir os casacos às pequenas e entretanto o tio Tó sai para a rua. A Margarida pergunta-me:
- Tia, onde foi o tio Tó?
- Foi namorar, com a tia Sofia, respondi.
Resposta aceite, sem comentários da parte da Margarida, o que é de estranhar. Mas pronto, assim ficou. Saímos, despedidas e cada uma para suas casas.
Minutos mais tarde, já no carro com a Vitória, ela pergunta-me:
- O ti Tó, mãe?
- Saiu filha, foi passear, (respondi, pensando que esta resposta para ela seria mais que aceitável.)
- Não, não. O ti Tó foi "amorar" e a Chofia tamém!
No coments!
Cena 2:
À noite, ela gosta imenso de brincar em cima da nossa cama e saltar para cima das nossas barrigas com força. O pai chega e vai para o quarto, despe-se e ela mal lhe dá tempo de ele se compôr. Pede para saltar para cima da barriga dele e o pai deita-se de barriga pra cima para ela saltar na barriga dele. Ele ainda está nu. Quando ela se prepara para saltar, pára, olha para ele e diz-lhe:
- Pai, tira a piínha!!!!
Cena 3:
Momentos de reflexão: depois da brincadeira com o pai, aquieta-se olha para a janela (ela gosta muito de ver a lua) e pergunta ao pai:
-Pai, poquê cai a noite? (não tem nada de especial, se não fosse feita por um ser humano de 25 meses de existência)
Cena 4:
Hoje de manhã, precisei de ir ao cartório levar uns papéis e ela foi comigo. As calças estavam a descair (ela é uma trinca espinhas) e no meio do cartório diz:
-Mãe, as cauças tão a caí!! Bolas, calaças!
E eu pergunto: será que sou eu que deixei de a tratar como bebé ou é ela que tem pressa de crescer?
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